Setor público apresenta superávit primário de R$58,4 bilhões

SÃO PAULO, 2/26/21 - O Banco Central divulgou nesta sexta-feira, 26, que o setor público consolidado registrou superávit primário de R$58,4 bilhões em janeiro. Em janeiro de 2020, o superávit primário do setor público consolidado atingira R$56,3 bilhões. O Governo Central, os governos regionais e as empresas estatais apresentaram, na ordem, superávits de R$43,2 bilhões, R$14,8 bilhões e R$446 milhões em janeiro de 2021. Nos doze meses encerrados em janeiro, o resultado primário do setor público consolidado foi deficitário em R$700,9 bilhões, equivalente a 9,43% do PIB, sendo composto por déficit primário de R$747,6 bilhões do Governo Central e superávits de R$43,4 bilhões nos governos regionais e de R$3,3 bilhões nas empresas estatais.

Os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, somaram R$40,4 bilhões em janeiro de 2021, comparativamente a R$37,2 bilhões em janeiro de 2020. No acumulado em doze meses, os juros nominais alcançaram R$315,7 bilhões (4,25% do PIB) em janeiro de 2021 e R$383,6 bilhões (5,16% do PIB) nos doze meses terminados em janeiro de 2020.

O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi superavitário em R$17,9 bilhões em janeiro. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$1.016,6 bilhões (13,67% do PIB) em janeiro de 2021, ante déficit nominal de R$1.015,4 bilhões (13,69% do PIB) em dezembro de 2020.

Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) e Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG)

A DLSP alcançou R$4.582,2 bilhões (61,6% do PIB) em janeiro, reduzindo-se 1,3 p.p. do PIB no mês. Esse resultado refletiu, sobretudo, os impactos da desvalorização cambial de 5,4% (redução de 1,0 p.p.), do superávit primário (redução de 0,8 p.p.) e dos juros nominais apropriados (aumento de 0,5 p.p.).

A DBGG - que compreende Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais - alcançou R$6.670,3 bilhões em janeiro de 2021, equivalente a 89,7% do PIB, aumento de 0,5 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. Essa evolução no mês decorreu, principalmente, da incorporação de juros nominais (aumento de 0,5 p.p.), do efeito da desvalorização cambial (aumento de 0,3 p.p.) e do efeito da variação do PIB nominal (redução de 0,2 p.p.).

(MR - Agência Enfoque)


Fonte: Enfoque
Recebido em: 26/02/2021 11:30:15